terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Rio Botequim, a Bíblia dos Botecos

No dia 21 de dezembro de 2010, o Rumos teve a honra de conhecer o autor da “Bíblia dos Botequins”, Guilherme Studart. Foi no lançamento do livro “Rio Botequim 2011”. O RB é a melhor referência para escolher um lugar para encher o pote. Nele encontramos os melhores botecos da cidade maravilhosa, e algumas descobertas interessantes para aproveitarmos da velha e boa baixa gastronomia. Mas vamos falar da festa. O evento aconteceu no Espaço Franklin, na Avenida Passos, no centro da cidade, na qual já foi também sede para descolada festa MOO.

Bom, o que não faltou foi cerveja e petiscos. Diversas casas ajudaram com quitutes como Aconchego Carioca, Chico e Alaíde, Bar da Portuguesa, Original do Brás Granel, Enchendo Lingüiça, Pavão azul, bracarense, Mussarela, Bar da frente e Da gema. Nos petiscos que comi a novidade foi o croquete de joelho de porco do Enchendo Lingüiça. E na bebida quem teve a vez foi a Devassa, que parece dominar o mundo, srsrrsr. Como esta surgindo essa cerveja em vários bares da cidade ein?

Guilherme, como já dizia alguns amigos, uma simpatia, e autografou os meus RBs de 2010 e 2011. Sobre o livro, que é editado pela Casa da Palavra, esse ano a pesquisa foi mais afundo e visitou os bares do interior do estado do Rio. Até estabelecimento de Rezende foi analisado. Outra novidade é que Rio Botequim vai entrar no mundo virtual no começo deste ano.








Na cultura de botequim não poderia faltar uma roda de samba, com varias cantoras, além de uma cerimônia de entrega de placas para os bares que tiveram as melhores avaliações dessa última edição.





Por fim, o Rumos não poderia deixar de relatar a festa de sua maior referencia nas andanças da noite. Parabéns Guilherme. Encontramos-nos por ai, em algum bar. Eeeee desce mais uma………..

Até a próxima pessoal.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Homenagem a cachaça 6

E pra finalizar, uma breve História da Cachaça reproduzida pelo site do Museu da Cachaça de Pernanmbuco. Enjoy até o próximo post.

A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os tempos mais remotos da História.
Os primeiros relatos sobre a fermentação vem dos egípcios antigos. Curam várias moléstias, inalando vapor de líquidos aromatizados e fermentados, absorvido diretamente do bico de uma chaleira, num ambiente fechado.
Os gregos registram o processo de obtenção da ácqua ardens. A Água que pega fogo - água ardente (Al Kuhu).
A água ardente vai para as mãos dos Alquimistas que atribuem a ela propriedades místico-medicinais. Se transforma em água da vida. A Eau de Vie é receitada como elixir da longevidade.
A aguardente então vai para da Europa para o Oriente Médio, pela força da expansão do Império Romano. São os árabes que descobrem os equipamentos para a destilação, semelhantes aos que conhecemos hoje. Êles não usam a palavra Al kuhu e sim Al raga, originando o nome da mais popular aguardente da Península Sul da Ásia: Arak. Uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água.
A tecnologia de produção espalha-se pelo velho e novo mundo. Na Itália, o destilado de uva fica conhecido como Grappa. Em terras Germânicas, se destila a partir da cereja, o kirsch. Na Escócia fica popular o Whisky, destilado da cevada sacarificada.
No extremo Oriente, a aguardente serve para esquentar o frio das populações que não fabricam o Vinho de Uva. Na Rússia a Vodka, de centeio. Na China e Japão, o Sakê, de arroz.
Portugal também absorve a tecnologia dos árabes e destila a partir do bagaço de uva, a Bagaceira
Os portugueses, motivados pelas conquistas espanholas no Novo Mundo, lançam-se ao mar. Na vontade da exploração e na tentativa de tomar posse das terras descobertas no lado oeste do Tratado de Tordesilhas, Portugal traz ao Brasil a Cana de Açúcar, vindas do sul da Ásia. Assim surgem na nova colônia portuguesa, os primeiros núcleos de povoamento e agricultura.
Os primeiros colonizadores que vieram para o Brasil, apreciavam a Bagaceira Portuguesa e o Vinho d'Oporto. Assim como a alimentação, toda a bebida era trazida da Corte. Num engenho da Capitania de São Vicente, entre 1532 e 1548, descobrem o vinho de cana de açúcar - Garapa Azeda, que fica ao relento em cochos de madeiras para os animais, vinda dos tachos de rapadura. É uma bebida limpa, em comparação com o Cauim - vinho produzido pelos índios, no qual todos cospem num enorme caldeirão de barro para ajudar na fermentação do milho, acredita-se. Os Senhores de Engenho passam a servir o tal caldo, denominado Cagaça, para os escravos. Daí é um pulo para destilar a Cagaça, nascendo aí a Cachaça.
Dos meados do Século XVI até metade do Século XVII as "casas de cozer méis", como está registrado, se multiplicam nos engenhos. A Cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a Cachaça.
A descoberta de ouro nas Minas Gerais, traz uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. A Cachaça ameniza a temperatura.
Incomodada com a queda do comércio da Bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da Cachaça.
Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a Aguardente de Cana de Açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, abatida por um grande terremoto em 1755.
Para a Cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios, como o literário, para manter as faculdades da Corte.
Como símbolo dos Ideais de Liberdade, a Cachaça percorre as bocas dos Inconfidentes e da população que apoia a Conjuração Mineira. A Aguardente da Terra se transforma no símbolo de resistência à dominação portuguesa.
Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção. A Cachaça é apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso Quentão.
No século passado instala-se, com a economia cafeeira, a abolição da escravatura e o início da república, um grande e largo preconceito a tudo que fosse relativo ao Brasil. A moda é européia e a cachaça é deixada um pouco de lado
Em 1922, a Semana da Arte Moderna, vem resgatar a brasilidade. No decorrer do nosso século, o samba é resgatado. Vira o carnaval. Nestas últimas décadas a feijoada é valorizada como comida brasileira especial e a Cachaça ainda tenta desfazer preconceitos e continuar no caminho da apuração de sua qualidade.
Hoje, várias marcas de alta qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo
. Fonte : http://www.museudacachaca.com.br

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Homenagem a cachaça 5

Aos poetas de plantão temos uma poesia sobre cachaça. Recitem, e forte abraço a todos.

A CACHAÇA

A PRIMEIRA QUEIMA A GOELA
DESCE FORTE E VAI RASGANDO,
A SEGUNDA REFESTELA
DESCE FRESCA E DESLIZANDO.

DESDE OS TEMPOS DO IMPÉRIO
QUE ELA É MUITO APRECIADA,
POBRE “BEBE” SEM MISTÉRIO
O RICO A “TOMA” VELADA.

NAS FESTAS DE “GENTE BOA”
QUASE NÃO SE FALA NELA,
MAS NA “MOITA” A TAL PATROA
É CHEGADA NA “AMARELA”.

NÃO CONHEÇO UM BRASILEIRO,
MESMO CHEIO DE CHILIQUE,
QUE IGNORE O SANTO CHEIRO
DE UMA PURA DE ALAMBIQUE.

TOME PURA OU COM RAIZ,
O IMPORTANTE É O RITUAL
DE PASSAR PELO NARIZ
BENZA A DEUS E “DESCE O PAU”.

A DANADA SEMPRE AGRADA,
SEJA PURA OU CAIPIRINHA
DENTRE TODAS DESTILADAS,
APRECIO A TAL BRANQUINHA.

O SABOR QUE ARDE E QUEIMA
TEM AROMA ORIGINAL,
E APESAR DE TANTA TEIMA
É PREFERÊNCIA NACIONAL

A LENDA DIZ QUE A PRIMEIRA
FOI JESUS QUEM PRODUZIU
O QUE ME REFORÇA A CRENÇA

luiz angelo vilela tannus

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Homenagem a cachaça 4

Ainda tem o credo do cachaceiro. Vida de pinguço é difícil. Por isso que precisa de tanta reza, srsrsrsrsrsrr . Eeee desce mais uma.…

Credo do Cachaceiro

"Creio na cachaça boa
Que é pura, imaculada
Um alimento gostoso
Que engorda o camarada
E a qual foi concebida
No alambique e e vendida
Na bodega, engarrafada

Nasceu da puríssima cana
Sofre e foi maltratada
Sob o poder da moenda
E numa cuba derramada
Ali ela padeceu
Ao alambique desceu
Aonde foi sepultada

Na caldeira ela sofreu
E já no terceiro dia
Ressurgio do alambique
veio quente e ficou fria
Subiu ao céu da boca
E com ansiedade louca
Só bebo em grande quantia

Hoje ela vive na pipa
E há de vir alegrar
Os grandes e os pequenos
Na hora que for tomar
Creio que ela é famosa
Porque cachaça gostosa
É um pecado enjeitar

Creio no espírito dela
E na santa safra que vem
Na comunicação dos tragos
E dos pileques também
Na remissão das "bicadas"
Na confusão das "lapadas"
E na ressaca eterna, amém."

Fonte : http://www.museudacachaca.com.br